Ao andar pelas ruas de Macaíba, é difícil não notar a presença de postes cada vez mais carregados de fios. O que era para ser apenas uma estrutura de suporte para os cabos de energia agora se transforma em um verdadeiro emaranhado de fios, trazendo impacto estético negativo e até risco para os cidadãos. Além da poluição visual, a quantidade crescente de cabos de internet e telefonia, a maioria dos provedores locais, vem sobrecarregando esses postes.
O cenário caótico de fios soltos, suspensos e muitas vezes inativos é uma visão desoladora, mas que se tornou comum em diversas áreas da cidade. Muitos desses cabos não têm sequer dono identificado: estão ali, abandonados por provedores que não tomam responsabilidade pelo descarte adequado, um claro descaso com a comunidade. A ausência de regulamentação e de fiscalização efetiva deixa o problema crescer como uma sombra, emaranhando-se nos postes como uma teia de descuido e desorganização.
Esse aspecto não afeta apenas a estética da cidade, mas também oferece um risco crescente de acidentes, principalmente durante tempestades. Com postes tortos e sobrecarregados, a segurança de quem passa por essas ruas se vê comprometido, e ainda falta uma medida regulatória que obriga as empresas de telecomunicações a realizarem uma manutenção adequada de seus fios. A falta de um padrão para a instalação desses cabos evidencia uma lacuna de governança na organização do espaço público e revela a urgência de medidas que atendam não apenas à organização estrutural, mas também ao bem-estar visual e à segurança da população.
É essencial que o município tome medidas para regularizar a instalação e descartar os fios nos postes, criando normas que limitem o número de cabos por poste e exijam o recolhimento daqueles que estão fora de uso. A poluição visual gerada por esse emaranhado de fios suspensos não é apenas uma questão estética, mas um reflexo de falta de cuidado com o ambiente urbano e com os cidadãos.
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