Limpeza de Bairro ou Manobra Eleitoral? O Caso do Loteamento Bom Sossego
Hoje, no Loteamento Bom Sossego, mais uma vez a prefeitura promoveu uma ação de limpeza nas vésperas da caminhada política do prefeito Emídio. A retirada de lixo e entulhos acumulados há semanas coincidiu, mais uma vez, com a agenda eleitoral do chefe do Executivo. Este fato, que já se repetiu em outros bairros, levanta uma questão crucial: a quem a limpeza urbana realmente beneficia? Aos moradores ou à imagem pública do prefeito em busca de reeleição?
A limpeza regular dos bairros deveria ser uma prioridade contínua da administração pública, garantindo que os moradores vivam em um ambiente saudável e seguro. Porém, o que se tem observado é que essas ações muitas vezes só ocorrem quando o prefeito está prestes a caminhar pelo local. O lixo, que permaneceu acumulado por semanas, de repente desaparece pouco antes da visita oficial.
Essa prática levanta questionamentos sobre a real intenção da prefeitura: trata-se de uma preocupação legítima com o bem-estar dos cidadãos ou de uma tentativa de criar uma falsa impressão de eficiência administrativa? A limpeza pública deveria ser realizada de forma contínua e programada, independente do calendário político, para que a cidade seja mantida em ordem em todos os momentos, e não apenas quando há a necessidade de impressionar eleitores.
Limpeza de Fachada?
Os moradores do Loteamento Bom Sossego, como tantos outros em diversas localidades, merecem mais do que uma limpeza de fachada. Eles têm direito a uma política de manutenção urbana que os respeite e atenda suas demandas diariamente, e não apenas em momentos estratégicos para a imagem do gestor público.
O que fica evidente é que, em vez de ser uma prática habitual e constante, a limpeza parece estar sendo usada como uma ferramenta eleitoral, aproveitando-se da precariedade dos serviços básicos para gerar impacto positivo durante as campanhas. Se o bairro pode ser limpo no dia da visita política, por que não pode ser limpo sempre?
Os moradores merecem respostas e, acima de tudo, merecem uma gestão que atenda suas necessidades de forma contínua, não apenas quando o prefeito resolve aparecer. A limpeza pública é um direito de todos, e não um instrumento de marketing eleitoral.
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