De anteontem para cá, um novo burburinho vem tomando conta dos bastidores da política macaibense — e o assunto promete render. A conversa gira em torno de uma possível infidelidade política dentro da base do prefeito Emídio Júnior, já que, segundo informações que circulam nos corredores da cidade, alguns vereadores e cargos comissionados ligados à gestão estariam articulando apoio a deputados estaduais que não são os candidatos do prefeito.
O eleitor Manoel Maurício, atento ao movimento, resumiu bem o sentimento de muitos:
“Se eu sou um vereador de uma cidade e o prefeito me dá todo apoio que preciso, qual seria a lógica de eu trabalhar contra um candidato a deputado estadual que não fosse o deputado do prefeito? O prefeito me apoia e eu vou enfraquecê-lo politicamente apoiando outro candidato? Que lógica é essa?”
A fala traduz o desconforto que começa a se espalhar entre aliados e observadores da política local. Afinal, como entender que vereadores beneficiados pela estrutura administrativa — com cargos, espaço político e respaldo do Executivo — se movimentem agora para fortalecer nomes que não são os escolhidos do grupo que os sustenta?
Até o momento, três nomes já são citados nos bastidores como integrantes dessa dissidência:
👉 Denilson Gadelha
👉 Edir do Posto
👉 Ana Catarina
Se a lista vai crescer, ainda é cedo para afirmar. Mas o zum-zum-zum só aumenta — e com razão. Afinal, não se trata apenas de quem apoia quem, mas de coerência política e lealdade administrativa. O prefeito, que tem segurado a base e enfrentado os desafios de governar, vê agora parte de seu grupo flertando com outros projetos eleitorais, o que soa como um gesto de ingratidão e oportunismo.
É legítimo que cada político tenha sua liberdade de escolha. Mas quando essa escolha contradiz o apoio, os cargos e a confiança recebidos da atual gestão, a atitude deixa de ser liberdade e passa a ser traição política — e disso o eleitor macaibense entende muito bem.
Resta saber se o prefeito Emídio vai assistir calado a esse movimento ou se haverá reação dentro do grupo. Porque, no ritmo em que as coisas andam, não há base que resista à infidelidade política disfarçada de autonomia.
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