Em tempos de injustiça e pressa, o verdadeiro valor está em manter-se fiel aos bons princípios — mesmo quando o mundo parece recompensar o contrário.
Há dias em que a vida parece um tribunal sem juiz, onde o certo é ignorado e o errado aplaudido. Injustiças acontecem — às vezes discretas, às vezes escancaradas — e todos nós já sentimos o gosto amargo de ser julgados de forma errada ou preteridos sem motivo justo.
Mas há uma sabedoria antiga que sobrevive ao tempo e às circunstâncias: “Se forem injustos com você, continue fiel aos bons princípios.” Essa frase, simples e poderosa, carrega uma verdade profunda: caráter não é moeda de troca, é raiz. E quem tem raízes firmes não se abala com o vento das injustiças.
Em um mundo cada vez mais imediatista, manter-se honesto, íntegro e justo parece um ato de resistência. Ser fiel ao que é certo, mesmo quando o errado ganha aplausos, é escolher plantar sementes invisíveis — aquelas que germinam em silêncio, mas florescem no tempo certo.
E é aí que entra a segunda verdade, tão dura quanto libertadora: “A semente é opcional, mas a colheita é obrigatória.” Podemos escolher o que plantar — ódio ou amor, falsidade ou verdade, egoísmo ou generosidade —, mas não podemos escapar das consequências do que semeamos. A vida cobra, e cobra no tempo certo.
Muitos se desesperam porque o justo sofre e o injusto prospera. Mas o tempo tem uma justiça que os olhos humanos não alcançam: ele revela, devolve e recompõe. O que se planta em silêncio, floresce em paz. O que se planta em engano, apodrece na colheita.
Ser justo, mesmo diante da injustiça, é manter-se fiel a quem se é. É não se deixar contaminar pelo erro alheio. É confiar que o bem, ainda que pareça demorado, sempre encontra o caminho de volta.
Porque no fim das contas, a semente pode até ser uma escolha — mas a colheita, essa, é inevitável. 🌾

Leave a Reply